A conjuntura política construída pelo vereador Demir para conquistar a cadeira de presidente da Câmara de Chã Grande dá sinais claros de rompimento. Esta semana, o chefe do legislativo municipal sofreu sua primeira derrota, durante votação. A mensagem que ficou, após o resultado, é de que Demir não conta mais com o apoio irrestrito dos que lhe ajudaram a conquistar o posto de presidente da Câmara.
A votação em questão envolveu o veto encaminhado pelo poder executivo. Sete dos 11 vereadores ficaram do lado do prefeito. Além dos cinco que formam a base governista de Diogo Alexandre (Jorge Luís, Ninho Mototáxi, Andreson de Agrício, Ninha de Zé Maria e Wédson de Biu Beléu), o veto recebeu o apoio também de Célia de Jaci e Gilvan Bolão. Apenas o vereador Nego de João de Rita votou contra, enquanto Inaldo do Raio-X optou pela abstenção e Dandão não esteve presente.
O veto foi apresentado pelo prefeito após alterações no projeto original, encaminhado no semestre passado à Câmara. De acordo com o texto, o município passaria a contar com a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC), que seria composta por uma equipe técnica, com a presença de profissionais nas áreas de engenharia, arquitetura, geologia, meteorologia, saúde, meio ambiente e segurança pública, além de um coordenador.
Até então com maioria na Câmara, Demir deu início a uma modificação no projeto, suprimindo do texto original algumas das funções técnicas. A nova orientação do projeto foi encaminhada ao executivo, que entendeu que as alterações causariam prejuízos ao funcionamento da Coordenadoria, decidindo pelo veto.
Além do veto, aprovado esta semana, outro projeto que pode dar a Demir mais uma derrota na Câmara é o que trata do empréstimo do município junto ao Finisa. A proposta, encaminhada em junho, segue tramitando nas comissões, ainda sem previsão de passar por votação em plenário.
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