“Pra onde eu devo ir?” é o título do primeiro livro do professor de ciências Jackson de Barros Clementino, ou como assina na obra, B.C. Jackson, de 26 anos. Formado em Ciências Biológicas, sendo pós-graduado em Práticas do ensino de ciências e Neuroeducação, ele agora apresenta também o seu lado escritor, com uma obra que busca se apresentar como “uma carta de amor, um pedido de perdão e uma reflexão sobre as nossas atitudes”.
Nós conversamos com B.C. Jackson, que contou um pouco sobre sua trajetória, sobre o livro e futuro como escritor.
Confira a entrevista:
Chã Grande News – Qual o seu estilo preferido? Tem algum autor específico? Sempre foi fã de livros?
B.C. Jackson - Meu estilo literário preferido engloba diversos elementos. Tenho
afinidade por obras de ficção e não ficção que apresentam uma abordagem
sociológica e filosófica, abrangendo tanto fantasias quanto dramas. O enredo
precisa cativar-me por meio de uma sólida argumentação.
Não me prendo a autores específicos, mas sim à qualidade da obra. Por
vezes, julgamos uma narrativa com base no autor e em trabalhos anteriores que
não nos agradaram, perdendo assim a chance de experimentar algo interessante.
Sempre fui um entusiasta da literatura, embora não a consuma de forma
desenfreada ou me submeta às tendências do momento. Minha principal diretriz é
ser capturado pela trama.
CGN – E o seu livro, como surgiu a ideia de escrever?
B.C. Jackson - Sempre nutri um apreço pela expressão artística. Desde a
infância, divertia-me construindo histórias. Ficava fascinado com a maneira
como a ficção conseguia transportar minha família para outros mundos por alguns
minutos, envolvendo-os completamente. A presença constante da televisão em meu
ambiente familiar contribuiu para despertar minha curiosidade em criar
experiências emocionais nas pessoas. Mas como poderia alcançar isso? A resposta
era escrever.
Entretanto, naquela época, não surgiram oportunidades e eu ainda não
possuía a maturidade necessária para elaborar algo consistente. No início da
pandemia, redescobri alguns rascunhos de histórias que havia feito
anteriormente, e esses serviram de inspiração. As ideias estavam em minha
mente; faltava agora organizá-las em um enredo. Apesar de ter tido a
oportunidade de publicar, o momento não proporcionava o tempo adequado para
investir na escrita.
Somente agora, em 2023, pude dedicar-me ao desenvolvimento da história.
Após meses de criação e revisão contínua, finalmente vi meu trabalho ser aceito
e publicado.
CGN – Como foi esse momento pra você?
B.C. Jackson - Há muito tempo eu não experimentava essa empolgação pela escrita. Nos
últimos anos, dediquei-me à minha formação como educador, uma área na qual me
sinto extremamente realizado. A sala de aula serve como um ambiente de
aprendizado que alimenta a minha criatividade.
Hoje, também estou satisfeito por ter conseguido iniciar e concluir uma
obra literária. Esse foi um processo árduo que, em várias ocasiões, me trouxe
insegurança, afinal, trata-se de uma exposição pessoal. Quando escrevemos
colocamos muito de nós ali. Como mencionei, fazia um bom tempo desde que
experimentei esse impulso criativo, e agora me sinto mais liberto e preparado
para contar mais histórias.
CGN – Vamos falar sobre o livro. O que ele apresenta?
B.C. Jackson - O livro "Pra onde eu devo ir?" é um romance
trágico que narra a história de um rapaz encontrado sem memórias em meio a uma
plantação de girassóis, numa pequena cidade no final dos anos noventa. Sua
chegada desencadeia murmúrios na cidade, e sua jornada consistirá em desvendar
sua própria identidade. Através desse processo, perceberemos que sua conexão
com os outros personagens é mais profunda do que se imaginava.
Enquanto Giulio, nosso protagonista, trilha o caminho da autodescoberta,
ele se envolve em um romance. A obra explora a construção de um relacionamento
entre dois rapazes e aborda questões de homofobia e seus impactos frequentemente
irreversíveis na vida da comunidade LGBTQIA+ e daqueles ao redor.
"Pra onde eu devo ir?" é uma carta de amor, um pedido de
perdão e uma reflexão sobre as nossas atitudes.
CGN – E como que está a repercussão do seu primeiro livro publicado?
B.C. Jackson - Recebi um apoio significativo não só dos familiares, mas
também dos meus amigos e seguidores no Instagram. Sendo um autor independente e
até então não havendo explorado esse lado meu com o público em geral, isso foi
uma surpresa para eles. A repercussão do livro está superando as minhas
expectativas, devido ao meu alcance numérico nas redes que não é tão alto. Há
muitos interessados na leitura, o que realmente me deixa contente.
Quanto ao futuro e à distribuição do livro, não sei ao certo quais
caminhos ele tomará, mas já me sinto feliz por ter compartilhado esse trabalho
com as pessoas.
CGN – Falando em futuro, será que teremos mais obras pela frente?
B.C. Jackson - Já estou envolvido na criação de meu segundo livro, que
desta vez será uma ficção científica. O enredo está em andamento e estou
bastante satisfeito com o progresso até agora. Parece que, uma vez que abrimos
as portas da exposição criativa, é difícil parar.
Se tudo transcorrer como o planejado, pretendo lançar minha segunda obra
em 2024.
CGN – E para quem tem interesse em conhecer mais sobre o livro, como que
faz?
B.C. Jackson – Pode seguir o link uiclap.bio/b.c.jackson, onde terá
acesso aos detalhes sobre autor e as novidades. Pode acessar diretamente a loja
da editora Uiclap ou ainda me seguir no Instagram @b.c.jack para acompanhar
novidades e detalhes dos enredos.
Livro: Pra onde eu devo ir?
Autor: B.C. Jackson
Editora: Uiclap
Total de páginas: 238
Valor: R$ 39,00
Link: https://uiclap.bio/b.c.jackson
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